Se você já pensou em transformar seu trabalho informal em algo mais profissional, provavelmente já se perguntou o que é MEI. A sigla vive aparecendo por aí, mas nem todo mundo entende exatamente o que significa — e mais importante: se vale a pena aderir. Então, vamos bater um papo direto sobre isso? Aqui você vai descobrir o que é MEI, quem pode ser, como funciona e em que momento faz sentido dar esse passo.
Mas afinal, o que é MEI?
O que é MEI? É a sigla para Microempreendedor Individual, um tipo de empresa criada para facilitar a vida de quem trabalha por conta própria. Pense na manicure que atende em casa, no rapaz que conserta celulares no bairro, ou na moça que vende bolos por encomenda. Todos eles podem virar MEI.
A ideia é legalizar o negócio de forma rápida, simples e barata. Em troca de uma taxa mensal fixa (entre R$ 70 e R$ 80, em 2025), você passa a ter um CNPJ, pode emitir notas fiscais, contribuir com a Previdência e até ter acesso a crédito como qualquer empresa.
Quem pode ser MEI?
Nem todo mundo se encaixa, tá? Para virar MEI, é preciso seguir algumas regrinhas básicas:
- Faturar até R$ 81 mil por ano (uma média de R$ 6.750 por mês);
- Não ter sócios nem participar de outra empresa;
- Ter no máximo um funcionário registrado;
- Atuar em uma das atividades permitidas pelo governo (como costureira, eletricista, motoboy, entre outras).
Se você faz um bico ou já tem uma clientela, mesmo que pequena, provavelmente pode se encaixar. E se tem dúvida se sua atividade está na lista, é só consultar no site oficial do MEI.
Por que vale a pena ser MEI?
Além de entender o que é MEI, é bom conhecer os benefícios dessa escolha. E olha, não são poucos:
- Você abre o CNPJ online, sem gastar nada;
- Consegue emitir nota fiscal e atender empresas maiores;
- Ganha direitos como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade;
- Pode conseguir crédito com juros mais baixos;
- E ainda formaliza o seu trabalho, ganhando mais segurança.
Imagina que você vende doces e uma escola quer encomendar 100 unidades por mês. Mas aí ela pede nota fiscal. Sem ser MEI, você perde a oportunidade. Com o CNPJ na mão, não só fecha o negócio, como se destaca no mercado.
Quando é a hora certa de abrir um MEI?
Se você já tem uma renda constante com o que faz, atende clientes com frequência ou quer mostrar mais profissionalismo, esse pode ser o momento ideal.
Outro sinal de que está na hora: se alguém te pediu nota fiscal e você não pôde emitir. Ou se está cansado de depender apenas de dinheiro em espécie e quer abrir uma conta PJ para separar as finanças pessoais das do negócio.
Formalizar é um passo importante, especialmente se você pensa em crescer. E o MEI foi feito justamente para isso: tirar o pequeno empreendedor da informalidade com facilidade.
Como abrir o seu MEI?
O processo é simples e rápido. Você faz tudo pela internet, no site gov.br/mei. Vai precisar de:
- CPF;
- Documento de identidade;
- Endereço (da sua casa ou do local de trabalho);
- Título de eleitor ou número da última declaração do IR (caso tenha).
Em poucos minutos, seu CNPJ está pronto. E o melhor: você já pode começar a trabalhar de forma legal no mesmo dia.
Quais são as obrigações de um MEI?
Saber o que é MEI também envolve entender as responsabilidades. Apesar da praticidade, há alguns compromissos:
- Pagar o boleto mensal (DAS) até o dia 20 de cada mês;
- Fazer a declaração anual do faturamento (mesmo que não tenha lucrado);
- Respeitar o limite de R$ 81 mil por ano;
- Manter os dados atualizados no sistema do governo.
Nada muito complicado. E se você colocar um lembrete no celular para não esquecer o boleto, já evita dor de cabeça.
E se eu ultrapassar o limite de faturamento?
Parabéns! Isso é um ótimo sinal. Mas nesse caso, será necessário migrar para outro modelo de empresa, como o Simples Nacional. A transição exige mais atenção — e pode ser hora de buscar ajuda de um contador. Mas veja pelo lado bom: seu negócio está crescendo.
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Agora que você entendeu o que é MEI, talvez a ideia de formalizar seu trabalho já não pareça tão distante. Ser MEI é uma forma simples, acessível e estratégica de dar mais estrutura àquilo que você já faz bem — e começar a construir um futuro mais seguro com o seu próprio negócio.
Se você já vende, conserta, atende ou presta serviço por conta própria, talvez só esteja faltando um detalhe: o CNPJ. E isso, agora, está ao seu alcance.